quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Julho de 2015 foi o mês mais quente já registrado, segundo dados preliminares

Anomalias médias globais de temperatura em julho de 2015, de acordo com dados da NASA
De acordo com dados preliminares da Agência Espacial Norte-Americana (NASA) e do Centro do Clima de Tóquio, no Japão, julho de 2015 foi o mês mais quente já registrado desde que os instrumentos de registro de temperaturas surgiram, no fim do século XIX. Dados extraídos de locais como anéis de árvores e formações de corais nos oceanos também apontaram que atualmente a temperatura na Terra é a mais quente em 4 mil anos. Além disso, todos os meses deste ano estiveram entre os quatro mais quentes da história.
Julho é normalmente o mês mais quente no nosso planeta, devido ao aquecimento no Hemisfério Norte, que tem uma área muito maior que o Hemisfério Sul. Embora os dados definitivos sobre a temperatura deste mês ainda não tenham sido divulgados, é bastante provável que ele também esteja entre os quatro mais quentes já registrados, ou seja até mesmo o mais quente de toda a história.
Segundo dados da Agência Meteorológica do Japão, cinco dos sete meses de 2015 já alcançaram o topo do ranking de temperaturas registradas, incluindo julho. Com isso, este ano tem grandes chances de ser o mais quente da história. Para que isso não aconteça, seria preciso que a média global de temperatura caísse bruscamente nos meses restantes. No entanto, é uma condição bem improvável, devido ao aquecimento global e à fenômenos como o El Niño. De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), órgão norte-americano, o El Niño este ano será o mais forte já registrado e um dos efeitos causados pelo evento é o aumento das temperaturas médias da Terra.
As altas temperaturas registradas em julho são responsáveis por catástrofes naturais, como uma onda de incêndios florestais no Ocidente. Nos Estados Unidos, estados como a Califórnia e Washington sofreram com o problema, agravado ainda pelo estado de seca enfrentado por esses locais.
O verão de 2015 também quebrou recordes de temperatura em todo o mundo, da América do Norte ao sul da Ásia, superando até o do ano de 2003, em que uma onda de calor no mês de agosto matou mais de 40 mil pessoas na Europa. Neste ano, mais de 2 mil pessoas já morreram em países como Índia e Paquistão. No continente europeu, Madrid e Londres estão entre as cidades que registraram temperaturas recordes em 2015.
Os líderes mundiais irão se reunir no dia 30 de novembro em Paris para tentar fechar um novo acordo climático que limitaria as emissões de gases estufa até o ano de 2020. Até o momento, países como Estados Unidos, China e Brasil não fizeram o suficiente para diminuir a temperatura como prometido anteriormente. Cientistas afirmam que, caso a situação não melhore, até o final do século as consequências poderão ser drásticas, como o aumento do nível do mar, ondas de calor e extinção de espécies animais.

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